quinta-feira, junho 02, 2011

ALEXANDRIA CONTA E CRIA

Elizabeth tudo pode

Rainha Elizabeth Tudor, aquela dos anos 1500´s
Contada, cantada e interpretada por atores e bonecos.

Em Brasilia, procuro prestigiar os espetáculos produzidos por colegas de profissão. Busco valorizar mais um pouco meu tempo no planeta e fazer com que essas amizades sejam duradouras. Artistas com quem tive o prazer de conviver em anos conturbados como os 60 e 70 do Século XX, de vez em quando se apresentam ou aparecem pela capital numa peça de teatro ou na produção de um filme.  Tem acontecido assim com vários, mas pela proximidade da amizade e pela constância em sua participação nos mais variados eventos profissionais da cidade, tenho visto muito o amigo GÊ MARTU, que além de grande artista, reside na cidade há mais de 3 décadas.


Phydias Barbosa e Gê Martu, 1964
 Em 1964 trabalhamos juntos no Arena Clube de Arte, do Rio de Janeiro, interpretando o boi bumbá nortista, segundo a visão do autor e diretor Cláudio Ferreira. Naquele espetáculo, realizado no teatro-bar mais carismático da época em Copacabana, contracenamos com um dos atores mais criativos do show-business e cinema brasileiros, o Grande Otelo.

Gê Martu

Para aquela galera que recém começava a aparecer nas luzes das ribaltas cariocas, não era somente uma honra ter seu nome ao lado do Otelo. Era também o prazer de trabalhar com tão prestigiada figura do cenário artístico nacional, que poderia ajudar no currículo de todos nós.

Corta para Brasília, 2011, senhor editor:
O nome da personagem principal da atual peça em que a família Martuchelli – já explico – particpa, “Alexandria”, faz referência ao maior acervo de livros e papiros do mundo antigo, a Biblioteca de Alexandria, no Egito. Esse importante centro cultural foi incendiado pelo imperador romano Julio César e após diversos eventos, que também destruíram toda a sua coleção, recebeu um novo prédio, reconstruído em 2002. O texto final surgiu após longo tempo de pesquisa de criação dramática com a atriz Juliana Zancanaro (Alexandria), inclusive com citações e poemas escritos pela própria Elizabeth Tudor, que se misturam ao texto teatral escrito por Juliana e Luciana. Divertido, elegante e educativo! Sem querer dar uma de Bárbara Heliodora, quero ir mais além: a peça infanto juvenil criada por essa galera é um “triunfo da simplicidade” (BH).
Elenco e bonequeiros da peça

Argumento do espetáculo
Alexandria é uma bibliotecária que vive em sua casa de livros. Temendo a ação da terrível Dona Cesárea, (vem do nome de Julio César, o imperador que mandou incendiar a biblioteca em Alexandria, Egito), uma traça-gourmet de 1000 anos que adora comer livros, ela começa a reler e digitalizar todas as obras, para tentar salvá-los. No entanto, Alexandria se dá conta de que o exemplar do diário de Elizabeth I, o livro mais valioso, foi roubado.Em busca do diário, ela e seus amigos livros contam para o público a história de Elizabeth, a princesa que virou rainha. O espetáculo faz parte do projeto Alexandria Conta e Cria da Cia Yinspiração Poéticas Contemporâneas que mistura textos históricos, mitos e contos infantis e transforma História em historinha.

Juliana Zancanaro, "Alexandria, a bibliotecária"
O cenário, concebido pelo grupo, foi todo confeccionado em papelão pelo artesão Virgilio Mota, alguns bonecos são de Chico Simões e outros de Eleide Mendes. Mais ficha técnica: Concepção - Cia Yinspiração Poéticas Contemporâneas.
Direção - Luciana Martuchelli
Pesquisa - Juliana Zancanaro
Texto: Juliana Zancanaro e Luciana Martuchelli
Elenco: Juliana Zancanaro, Gê Martu e Filipe Lima
Iluminação: Marcelo Augusto
Trilha: Luiz Alberto Pires
Objetos cênicos: Guto Viscardi
Arte: Rodrigo Jolee
Figurino e Maquiagem: Marcus Barozzi
Foto: Edu Barroso
Produção: Similião Aurélio
Então, guardei pro finalzinho: Luciana, a diretora, é filha do Ge Martu, meu amigo dos 60, um dos atores. Quando visitei Martu em casa, ele orgulhosamente mostrou as fotos da menina-prodígio, que desde menininha queria ser artista. E conseguiu! Com Louvor! Parabéns a toda a equipe e um beijo carinhoso para essa “cria”, vejam aqui um pouquinho do que ela faz e já fez;


Luciana Martuchelli
É atriz, diretora, compositora, preparadora de atores e professora de: direção, literatura dramática, interpretação e multimeios de comunicação. Criou o projeto de dramaturgia teatral, o Physis- Dramatic Bodystorm Training, que visa a formação de atores compositores e a criação de solos e duos teatrais. Atualmente, é parceira e retém no Brasil os direitos de venda e distribuição do material audiovisual do grupo dinamarquês Odin Teatret. Com mais de 40 obras em sua carreira entre espetáculos, shows e trabalhos em audiovisual, seu trabalho como formadora está no currículo de muitos atores e diretores no Brasil e no exterior. Foi produtora de elenco e assistente de direção de Walter de Carvalho, Daniel Filho, Reynaldo Boury, Cecil Thiré e Lucas Bueno. É diretora da TAO Filmes e do grupo Teatral Yinspiração, sua pesquisa é inspirada nos treinos que teve durante sua formação com Antunes Filho, Peter Brook, Aderbal Freire Filho, Tizuka Yamasaki, Liu Pai Lin, Angel Vianna, Walter Lima Jr, Fatima Toledo, Charles Watson, Eugênio Barba e Julia Varley, entre outros. Quer mais, Bárbara Heliodora? Agora, é só vir a Brasília e conferir o espetáculo. Ainda dá tempo...

ELIZABETH TUDO PODE
Por Alexandria Conta e Cria - TEATRO GOLDONI, SALA ADOLFO CELI (208/209SUL) , BRASILIA- DF - DE 14 DE MAIO A 12 DE JUNHO, SÁBADOS E DOMINGOS, ÀS 17H.
Classificação indicativa: 10 anos.

Como diz Martu: Beijus, beijinhos, beijões....

Novos Crimes do Amor

Novos Crimes do Amor Nota do autor: Para escrever este conto, eu me baseei em crimes realizados no seio da comunidade brasileira...