quinta-feira, dezembro 28, 2006

VEJA NA PRÓXIMA EDIÇÃO DE CORPO E MOVIMENTO MAGAZINE



Preguiçosa, "Samambaia" usa boxe para manter boa forma


Aos 25 anos, a modelo catarinense Daniele Souza é sucesso na telinha sem muito esforço. Daniele fez a personagem "Mulher Samambaia" do programa Pânico na TV, exibido às sextas e domingos pela RedeTV.
Sua boa forma (65kg distribuídos em 1.70m, além de 100cm de busto) chama a atenção dos marmanjos de plantão. Daniele, porém, confessa ser preguiçosa na hora de fazer exercícios. "Cheguei a treinar forçada, por saber que preciso manter minha forma. Agora com a personal trainer tudo mudou", afirma a modelo, que faz musculação de duas a três vezes por semana.
Neste ano, "Samambaia" passou a se interessar por um esporte, o boxe. Tal interesse foi despertado após a luta contra a Michelly Pettri, a "Bandida", organizada pelo próprio programa Pânico. "Samambaia" venceu por nocaute técnico. "No início, treinava boxe só para lutar. Mas fui pegando o gosto, e agora pratico porque me faz bem". "O interessante é que depois da luta, muitas mulheres me pararam na rua para dizer que, inspiradas em mim, passaram a praticar o esporte", gaba-se.
Na musculação, Daniele diz que faz muitos exercícios para as pernas: "Ultimamente eu faço 4x12. Cheguei até a pegar 170kg, mas vi que não tava surtindo o efeito necessário e diminuí a carga". "Samambaia" diz não fazer dieta, mas toma alguns cuidados, como evitar gordura a açúcar. "Não gosto de doce, o que me ajuda a manter o peso. Corto fritura também, mas às vezes não resisto no final de semana (risos)".
A modelo também tem cuidados com a pele. Daniele procura fazer drenagem e bronzeamento artificial pelo menos uma vez por semana, na clínica New Son. "Para mim, é muito importante fazer a drenagem linfática, para evitar a retenção de líquidos. O bronzeamento artificial também dá um aspecto saudável à pele", argumenta.
(D.Machado)

Corpo e Movimento Magazine

*Modelo brasileira Ellen Jabour

Olá, você que está interessado em CORPO E MOVIMENTO Magazine e foi redirecionado para esse Blog. Nossa página ainda está em construção. Caso queira receber um PDF com a última edição impressa da revista, envie email para corpoemovimento2007@hotmail.com


Envie seus artigos e comentários para o publisher. Valeu pela visita. Aproveitando, convido para que vc leia um pouco do Brazilian Courier. Abraços, Phydias Barbosa

domingo, dezembro 17, 2006

Deux ou troix choses que je sais d´elle


NEM TUDO É VERDADE!

Brazilino produça foi convidado por Brazilino xefão a ocupar uma função de destaque na emissora TV Ovo, Canal Tal. Chegando lá, encontrou outros brazilinos, alguns até super conhecidos. Enganando um pouco que entendia de fritar a gema sem danar a clara, o (n)ovo funcionário logo se deu conta de que não haviam índios na taba, sómente caciques. E super-caciques, daqueles de colocar sua própria oca a favor do serviço de proteção à família dos curumins desamparados.

Foi pedir ao rola grossa que contratasse alguns outros aspones e mais algumas ferramentas para o conserto da aldeia, mas ninguém o escutou. Nem o camaleão e nem a camaleoa. No dia em que comentou, na reunião, que precisava de uma estimativa de custo por reclame, todos ficaram olhando para ele com a cara ambola.

Como havia um brazilino sendo cozido em banho maria na hora em que ele chegou pra desfrutar da gororoba, encorajou-se e de frente perguntou o que fazia uma companhia casquenta num mundo tão desnecessitado daquele cheiro de enxôfre. E escutou a granada explodir no corredor: "É o jabaculê, meu chapa. Aperta aqui, estica ali, planta aqui, implanta acolá, veículos, jantares, coquetéis e o jabaculê mandando vê". Mas, ele (o Brazilino produça) que sempre foi muito Dhan, quis saber mais: E foi lhe dito que o "camarada xefão era muito pepê e não entendia xongas do ministério que arrotava". Onde ia parar tudo isso?

Concasquetando na mesma área, em franca atividade numa espécie de limbo dantesco aonde se misturavam cavalgadoras e cavalgaduras, trepadeiras e trepa-duras, Deus reinava de dia e o Diabo mandava ver, nú e de mão no bolso, à noite e nas madrugas. Brazilino produça verificou que era mesmo caso para estudo, essa falta de entendimento geral.

E, como é Dhan, resolveu permanecer em seu observatório, imprensando os portadores de neuroses congênitas a compreenderem que davam murro em ponta de faca. Ele mesmo foi pro corredor treinar essa nova arte marcial. Esmurrando o próprio canivete, ele verificou os acertos que não se faziam no barulho do meio dia e nas tetas de onde não rolavam leite na calada da noite.

Arrastando um pé prá lá e outro prá cá, disfarçou-se de alma e pôde, então, descobrir toda a verdade. Não havia piastras suficientes para a manutenção da taba. Petit-a-petit (pocs a poqs, little by little) Brazilino começou a DHANsconfiar que nem o seu faz-me-rir e nem o faz-me-rir duzôtro ia se materializar tão cedo. Mesmo assim, continuou a enlatar jabaculês. Na esperança de que um dia, o xefão da tribo faria que nem um Seminole e abriria seu próprio Rarderóque. Pura ilusão.

A morubixaba, que vivia alegre e invadida de atividades estimulantes com o seu caráter quem manda aqui sou eu e quem quiser que me compre, sempre senhora de sí mesma, caiu do tamanco quando o xefão, defecando sem cheiro nenhum, avisou à plebe ignara: "Cês vão sem grana em paz com Sued (ler essa palavra pelo espelho) que logo agorinha mermo o FazOcêsRí vai se materializá, caindo do céu que nem maná".

Que maná coisa e tal que nada, os saltos altos todos se quebraram, as saias ficaram todas justas e agora muitos estão swirveling the woman from Bahia (swirveling=rodando; the woman from Bahia=a bahiana). Afanaram de mentirinha o espólio do baú, a felicidade desapareceu do mapa e the cow went to the swamp (cow=vaca;swamp=brejo).

Há gente até que diz "Achei que era tudo verdade", o que foi contado pelo Visconde de Sabugosa a um hebdomadário que se julga imperial, trazendo de volta, incólumes Billy the Kid e Scarface, prováveis mentores de toda essa confusão. Os vilões viraram vítimas, e as vítimas, vilões. Final inesperado? The End? Não, apenas isso: Mais uma vez, no grande Festival de Besteira que Assola a Comunidade (des) Unida (FEBEACU) termina outro capítulo dessa guerra na taba, que começou com o tupi - o que deu na televisão - e pode terminar com o guarani - símbolo de uma caixa de fósforo, que só servirá para ser aberta e cada um dos seus pauzinhos servirem para queimar as mufas dos insensatos. Liguem o rádio e escutem porque agora eu pergunto a vocês, leitores e ouvintes, na primeira classe, arquibancada ou geral:

Isso tudo é....... Azar ou Incompetência?

(Phydias Barbosa)

segunda-feira, maio 29, 2006

Era Wilson Simonal Dedo-Duro?



No início de minha carreira como iluminador e sonoplasta de shows, tive a sorte de ir trabalhar no teatro Toneleros, na rua do mesmo nome, localizado dentro de uma escola, no bairro de Copacabana. Era um excelente auditório para espetáculos, em fins dos anos 60. Fui apresentado por algum amigo ao Paulinho do Som, que me adotou como ajudante e me ensinou um monte de truques, tais como operar luz de palco, seguindo um roteiro de iluminação previamente ensaiado com o diretor do espetáculo. Na verdade, entrei para o Show do Crioulo Doido no meio da temporada, exatamente para aliviar o trabalho duplo que Paulinho vinha realizando, acumulando as duas funções, a de sonoplasta e de operador de luz. Eu fiquei com a responsabilidade de operar luz para Stanislaw Ponte Preta, o Sérgio Porto que, acompanhado do Quarteto em Cy, a banda de Oscar Castro Neves e o comediante Alegria, todos dirigidos pelo legendário Aloysio de Oliveira, era responsável pela grande caricatura do Brasil e, mais particularmente, do Rio de Janeiro da época. O samba do Crioulo Doido, além de vender milhares de cópias, passou a ser um mote popular, como alguém que se expressa quando algo não está correto, na forma Isso mais parece um samba do crioulo doido.
Quando Sérgio Porto sofreu um acidente carviovascular e faleceu no hospital, eu sentí profundamente a perda daquele grande humorista e cronista brasileiro. Suas criações permanecerão para sempre. Tia Zulmira, Rosamundo e Primo Altamirando, inesquecíveis. E foi com seu Festival de Besteira que Assola o País - FEBEAPÁ, lançado em plena vigência da Redentora, apelido do golpe militar de 1964, que ele alcançou seu grande sucesso. Stanislaw afirmava ser difícil precisar o dia em que as besteiras começaram a assolar o Brasil, mas disse ter notado um alastramento desse festival depois que uma inspetora de ensino no interior de São Paulo, portanto uma senhora de nível intelectual mais elevado pouquinha coisa, ao saber que o filho tirara zero numa prova de matemática, embora sabendo tratar-se de um debilóide, não vacilou em apontar às autoridades o professor da criança como perigoso agente comunista.
A "redentora", entre outras coisas, incentivou a política do dedurismo (corruptela do dedo-durismo, isto é, a arte de apontar com o dedo um colega, um vizinho, o próximo enfim, como corrupto ou subversivo – alguns apontavam dois dedos duros, para ambas as coisas).
Nessa caça aos comunistas, quero mesmo aproveitar a deixa de Stanislaw, reconhecer que o Festival de Besteira que Assola o nosso País ainda continua moderno e apresentando das suas, comentando meu segundo artista no Toneleros, já com um trabalho bem mais reconhecido e a caminho de uma carreira profissional. Em 1968, com direção do renomado João das Neves, fui responsável por iluminar um espetáculo incrível, com o cantor Wilson Simonal e o trio Som Três, com Cesar Camargo Mariano no piano.
Mas em 1972, havia um mal estar no ar contra Simonal, pois se dizia à boca pequena que o cantor tinha dedurado e colaborado no sequestro de artistas conhecidos, que seriam comunistas, para os agentes do governo. Esse mal estar durou um tempo, mas eu não queria acreditar que fosse verdade, pois eu gostava muito do Simonal e tinha orgulho em ter sido o Santa Luzia (como ele me chamava, lá do palco, assim , temos alí em cima o Phydias, nome difícil, fica mais correto identificá-lo como o Santa Luzia...manda aquele magenta aqui no meio do palco, Phydias). Eu o iluminava com uma gelatina (filtro) importada pelo João das Neves diretamente da Broadway em New York, tremendo luxo. E ele cantava uma das músicas românticas do show, para delírio das meninas que sentavam na primeira fila.
Eu o encontrei, em meados dos anos 80, quando produtor de comerciais em São Paulo, jantando num restaurante italiano. Cumprimentei-o, lembramos do show e do Santa Luzia, notei alí um artista em decadência, carregando um peso, um carma que jamais casou com a sua personalidade brincalhona e de cantor com uma voz e entonação excepcionais.
Estupefato, acabo de ler na mídia eletrônica nacional que um processo da Ordem dos Advogados do Brasil instaurado em 2002, concluiu que eram descabidas as suspeitas de que o cantor Wilson Simonal, já falecido, era colaborador do regime militar. Segundo nota divulgada pela OAB, levantamento nos arquivos do extinto SNI atestaram que Simonal não era "dedo-duro", como o cantor chegou a ser acusado.
A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) da Ordem dos Advogados do Brasil examinou documentos do antigo SNI, da Polícia Federal, recolheu depoimentos de pessoas que conviveram com Simonal e analisou material jornalístico do começo dos anos 70. Wilson Simonal foi acusado de participação em um seqüestro e de ter delatado aos órgãos repressores do governo militar uma série de pessoas ligadas ao meio musical. O cantor sempre negou ser um colaboracionista. Simonal completaria 67 anos de idade em 25 de fevereiro. O Festival de Besteira que assolou o País naquela década, tão bem caracterizada por Sergio Porto e seu heterônimo Stanislaw Ponte Preta, destruiu a carreira de um dos mais promissores artistas nacionais.
Espero que o espírito do grande Simonal agora possa descansar em paz. Ainda bem que o Simoninha está por aí dando sobrevida ao pai.

De Quissamã a Hollywood






"Phydias Barbosa conseguiu uma tremenda façanha na vida. Ele acumula um total de 18 profissões, trabalha há 45 anos, morou em 6 países e 14 cidades diferentes, fala 5 idiomas, mas não tem aposentadoria, nem poupança e casa própria. Plantou diversas árvores, produziu 2 filhos, alguns filmes, programas de tevê, comerciais e peças teatrais. Encontra-se há 12 anos casado com a mesma mulher, o que alguns consideram um milagre. Em 2007, faz 60 anos de idade. Resolveu comemorar em estilo, lançando seu caderno de memória, Le Vagabond International. É a trajetória deste cineasta rebelde, que não teve tempo de ir à Faculdade. Ele parecia já ter nascido profissional. Nasceu em Quissamã, pequeno lugarejo quase desconhecido do Estado do Rio de Janeiro em 1947, mas foi se formar em Hollywood, na Califórnia, durante os anos 80 do século passado. Na sua crônica de vida (que reluta em chamar de autobiografia) entra fundo na descrição das dificuldades encontradas durante sua jornada de herói. Mostra, também, com humor franco e aberto, o cotidiano de sua vida amorosa, cheia de altos e baixos, como suas profissões". (Tobias Cardoso)

PRIMEIRA PARTE
“Os fracos perdem porque são fracos e não porque são bons ou maus”

Explicação mais que (des)necessária
Atenção, amigo ou você, leitor, que se dispôs a gastar alguns reais ou dólares para comprar e ler esse livro desajeitado. Estou tentando escrever essa historinha desde que mudei de Los Angeles para Fort Lauderdale, em Agosto de 1990, após ter dirigido sozinho as 2711 milhas que separam a Califórnia do sul da Flórida. Só pensava em uma coisa: escrever minha história de fracasso. Como “todos escrevem sempre uma história de sucesso e são campeões em tudo”(Fernando Pessoa), pelo menos essa aqui teria que ser diferente. Guardadas as devidas proporções. Não tive sucesso com dinheiro. Mas como não tive no amor, também, fico pensando: Onde anda o meu sucesso? O que fiz do meu talento? Quem são meus filhos? Como estarão as árvores que plantei? Que fiz do meu trabalho? Afinal, escrever uma autobiografia é a coisa mais fácil do mundo; difícil é encontrar quem a leia. Pior que um porre mal curado! Read it at your own risk! Meus defeitos são tantos, tão poderosos, tão complexos, que juntando todos eles lado a lado, minha vida não viraria um álbum de figurinhas das estampas Eucalol*.

Em Agosto de 1990, dirigí um caminhão da Hertz-Pensk, através de desertos, estradas intermináveis e longos estados como Nevada e Texas, acompanhado de um sonho de vida nova na Flórida. O que me fez pensar muito. E talvez tenha me deixado ainda mais confuso. Minha vida com Hilza tinha sido muito louca desde 1980, entre Brasil e Estados Unidos. Eu descobrí que não deveria continuar investindo na relação, mas havia um pequeno detalhe: nosso filho Nicholas já estava com 8 anos e queríamos que ele tivesse a oportunidade de exercer a dupla cidadania. Creio que o que pesou em nossa decisão de deixar Los Angeles e a década de 80 para trás, era para tentar levar uma vida mais saudável numa praia floridiana, longe da droga fácil e matadora que nos havia rondado aquele tempo todo. E havia o Nick, que precisava nossa atenção e a possibilidade de fazer o high school nos Estados Unidos. Fumamos o cachimbo da paz por um tempo e planejamos a longa jornada, que incluía São Paulo, Los Angeles e Fort Lauderdale.
Comecei a viagem no storage de Sherman Oaks. Ao retirar nossa mudança, com a ajuda de meu amigo, o roteirista David Adnopoz, percebí que estava dando adeus a Hollywood. Sem um projeto concreto, só com o sonho de escrever roteiros de cinema, ficar rico, ir morar nas Bahamas, de preferência em Bimini, melhor ainda se fosse na Pousada Hemingway.
Portanto, como ainda não estou lá e depois de todo esse tempo não ter sido reconhecido nem como cineasta nem como escritor, resolvi preparar essa salada caseira, que envolve viagens, teatro, cinema e TV, mas principalmente descreve o amor por todas as mulheres que não tive, esse impossível e arcaico sentimento, que na minha modesta opinião pode durar 3 segundos, 3 minutos, 3 horas, 3 dias, 3 semanas, 3 meses, mas jamais passa de 3 anos. O resto é simpatia e respeito, quando o ódio não é sua herança. Exceções à parte, claro.

Porque misturo profissões, trabalhos, amores que não tive...? Para parecer herói. Uma característica pessoal de quem tem problemas psicológicos internos e externos ou quando não se fixa numa raíz. Talvez a necessidade de mostrar ao mundo que poderia sempre enfrentar o desconhecido. Deve ter sido passado pelas almas inquietas de meus antepassados, que viviam nômades pelos desertos árabes. Ou poderia ter sido um argumento de algum filme dos anos 40, com sabor de Sinbad e Morgana.

Sem realizar nem parte do sonho de 1990, passaram-se mais 14 anos. Sem que eu nem tocasse na idéia desse...livro! Somente em 2004, num workshop em Cambridge, Massachusetts, notei finalmente a importância de retomar a idéia. Resolvi, sem nenhum ego-trip (claro!), voltar a escrever, estimulado por pessoas maravilhosas que encontrei pela estrada longa da vida. Algumas, acho que mais ou menos 30, sobreviveram, ainda estão por aí e com certeza lerão essas linhas loucas. Principalmente Elaine Loretto Barbosa, Dácio Lobo Junior, Rômulo Campos, Ricardo Meirelles, Eisaburo Mori, Dilma Lóes, Angela Agostinho, Fernando Marcelo, Paulo Coelho, Luiz Cesar Mendonça, Chico Moura, Hilza da Silva, Fred & Mary Pereira, José Peixoto do Vale, Eliane Martins, Izaac de Souza, Armando Barreto, Vania Williamson, Ricardo Barbosa, Armando Rozario, Lucia Souto Maior, Armando Borges, Nehy de Aguiar Peixoto, Isis Maria, Fatima Baptista, Aloisio Barbosa, Jorge Aziz, Alcione Correa, Luiz Garcez e José Milbs.
Aos que me conhecem e aos que não me conhecem, sugiro que leiam direto, batido, só assim deixarão de notar como escrevo mal. Pode ser que alguns amigos e críticos verdadeiros, digam: “Será que ele não entende que o tempo passou e que literatura de categoria B não tem mais espaço num mundo tão cheio de livros de qualidade e escritores sensacionais..aliás, prá que serve ISSO que o Phydias Barbosa escreveu?”
Justifico: Talvez vocês se vejam aqui ou alí em capítulos desse calhamaço, talvez encontrem alguma referência do período em que vivemos próximos, quem sabe viraram verbetes inteiros? Aqui, gostaria de reverenciar o meste Mario Prata, o Pratinha, que me deu a idéia, depois que lí seu Minhas mulheres e meus homens, seu quase-livro de memórias, um tipo de autobiografia precoce. Tem pai, mãe, filho e filha, mulheres amantes, escritores, cantores, atrizes, jornalistas, gente muito ilustre - e anônimos queridíssimos. Foi inspirante! Portanto, pode ser que o seu tempo investido na leitura dessas linhas soltas seja bem empregado. Mesmo para que tenham o que reclamar comigo. Como nasci polêmico, há o perigo de ter sido assim a vida inteira. Portanto, nada mais me assusta, meus únicos medos verdadeiros na vida vêm de picada de cobra venenosa e relâmpagos do sul da Flórida, durante as chuvas tropicais de verão. De furacão, perdí o medo! Depois do que aconteceu em New Orleans com o Katrina, em 2005, o resto é vento sul. Entretanto, jamais esquecerei a lição que o Furacão Katrina ensinou ao povo americano.

Então, essa aventurazinha aqui, que pode parecer um relatório interminável, só é boa leitura para quem tiver um pouco de senso de humor e desculpar a minha forma tão antiga de escrever. Mas a culpa é de Dom Pedro II, não minha.

Outra razão mais do que importante para que vocês comprem o livro é porque preciso pagar umas contas atrasadas desde 1975, quero comprar uma casa de 3 quartos na Flórida, um Jeep Liberty Sport 2007, uma casa em Quissamã e um sítio na serra do Frade. Então, ajudem o Barbosinha a melhorar de vida! Se notarem aqui e ali que existiram amores demais na minha vida em determinado momento, em que cada aventura era vivida como se o amanhã não existisse, acreditem! It´s all true! Se minha forma modesta de escrever lhes fizer parecer que sou presunçoso, podem crer: sou mesmo! (Mas, pensando bem, será que tudo é mesmo verdade, ou serei um bom invencionista?).

Para resguardar a imagem de algumas das mais brilhantes relações amorosas e amigas que tive na vida, gostaria de informar que fui obrigado a trocar alguns nomes, em alguns casos tive que usar somente as iniciais. Enviei cartas e emails a algumas pessoas diretamente mencionadas aqui, pedindo sua autorização e correção. Com outras, estou correndo os riscos. Notem bem: aceito reclamações posteriores. Gabriel Garcia Márquez bem que avisou em seu livro de memórias, Viver para Contar, que "a vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la".

Porque escrever?
Um dia, notei que gostava do ofício, primeiro estimulado pelos colegas de sala no Colégio Luiz Reid em Macaé, mais tarde por uma colega de trabalho no Rio de Janeiro, a redatora e escritora Nehy de Aguiar Peixoto, que por esses encontros que o destino nos apronta, era macaense. Quissamã ainda era distrito de Macaé quando a conhecí na International Advertising Service. Virei seu discípulo. Que sorte a minha! Ela me estimulou a escrever os primeiros contos e poemas juvenís, alguns dos quais vossas senhorias terão o prazer de ler em primeira mão, embora escritos na década de 60.

Eu era metido a escrever, e só! Escreví ao acaso centenas de textos, entre ensaios, poemas, letras de músicas, peças de teatro, contos, roteiros de filmes, muitos inacabados, uma salada geral. Que pouco serviram. Escreví relatos de filmagens das quais participei, como também parte de um diário, que teve alguma atenção nos anos 1970, pouca nos 80 e nenhuma nos 90. Esse diário foi a essência da minha memória durante tratamento com um terapeuta carioca, brilhante, o Guará: Luiz Fernando Guaracy Rodrigues. Cabeça boa, centrado em tudo. Com ele, ví de perto a beleza do pensamento de Carl Jung e pude sentir na pele a dor que dá quando se percebe que Freud estava completamente certo. A dor vem da relação de tempo sexual perdido na vida, gasto com conversa fora e falta de percepção. Com Jung, passei a entender a relação anima-animus, a negociar com minhas sombras e a perseguir meus sonhos, numa busca meio picaresca, às vezes folclórica, sem acreditar que tudo seria possível, gozando a minha realidade em busca de amor, dinheiro, aventura e fama.

Sempre fui mais inteligente do que a média, o que não era nenhuma vantagem porque a média, para mim, era café-com-leite. Mas a lei da compensação fez com que eu não estivesse na lista dos dez mais bonitos, nem da cidade, nem da escola, nem da classe, nem de nenhum grupo, inclusive os que só tinham 9 meninos. Minhas fotos de criança são horrorosas. Podem crer, essa aqui por exemplo, deveria ganhar o 10th Brazilian Press Award da Flórida, pelo tamanho das orelhas. (CONTINUA...)

domingo, maio 28, 2006

Primeiro Seminário Brasileiro de Comunicação




Kick Off no Boteco da Copa - Quinta, 24 de Maio

Está meio difícil descolar alguém que me dê uma carona até o Arts District, em plena área renovada do muito chic e exótico local miamense. Há muito tempo não participo de uma festinha dessas, aonde penso encontrar representantes ilustres do jornalismo brazuca’americano. Nao sei se vou conseguir chegar. Pensei em pegar o trem até o Aeroporto, e de lá um buzão, mas ia chegar meio cansado das paradas obrigatórias. Liguei pro Garcez, ele não atendeu, estava no Aeroporto de Atlanta pegando um vôo da Delta para o Brasil. Mr. K., meu associado, tinha uma reunião marcada e fiquei na esperança de Charla e Marcia, do TC Brazil, passarem para me apanhar em Boynton. Mas elas moram em Vero Beach, são quase 2 horas dirigindo até Miami. Acho que não virão. Tenho que ligar agora às 4 Pm para confirmar. A Sylvia acaba de me ligar. Pessoa muito legal, ela é a nova colunista social do jornaleco de Port St Lucie, que a Marcia Van Guilder edita com um esforço danado. Ela vai me dar uma carona e aproveitar para conhecer a galera. Afinal, como diz muito bem o editor do Achei USA, ela é uma ad hoc e ainda não se estabeleceu profissionalmente na área. Boa oportunidade. A minha carona caiu do céu pra mim e pra ela.

Elaine, minha parceira na vida, tem que ficar com nosso Jeep Liberty. Enquanto eu estiver me divertindo, ela vai ganhar um dinheirinho distribuindo nossos produtos Herbalife. Há clientes aflitos por melhorar a saúde. Ela ainda vai dar umas aulas de inglês para seus alunos da Ms. Elaine´s English School. Alguém tinha que trabalhar nessa família.

A aventura no garipão da Silvia até Miami serviu para trocarmos idéias sobre o TC Brazil e levantei a questão da forma como os colunistas apresentavam suas matérias e de como a Marcia ainda vai ralar com o problema da revisão. No Boteco da Copa, na Galeria de Arte Solange Rebêlo, encontrei com diversos amigos, antigos clientes do Brazilian Courier nos anos 90 e alguns novos conhecidos. Pouco a pouco, a tribo está abrindo um pouquinho mais de espaço para mim.

No Seminário...26 de Maio de 2006
Marcia veio me buscar hoje de manhã. Chegamos no Broward Center e sentí um clima muito interessante no ar.
Tinha sido convidado por Carlos Borges para estar no painel de jornais como mediador, junto a diversos representantes do jornalismo nanico brasileiro estabelecidos no exterior. Aceitei imediatamente. Apresentar uma bancada com Maurício Azêdo, presidente da ABI, é uma honra ímpar. E ainda ter a oportunidade de aprender sobre NOVOS FORMATOS com Sérgio do Rêgo Monteiro. Como diria meu coleguinha Jorge Nunes do Achei USA “uma plêiade de seletos entendidos”. Gostei de rever ícones do jornalismo brasileiro nos Estados Unidos, como Al de Souza, Chico Moura, Roberto Moura, (Brazilian Voice) e ver o esforço da jornalista radicada no Canadá e seu programa de TV. Maravilha ter reencontrado Edilberto Mendes. Gilvan de Sergipe não aparecia com as cópias do Brazilian Times. Logo depois, chegaria a nossa vez e eu me preparei para ser o mediador do painel. Quando voltei do meu lanchinho no Subway do Museu de Ciências, em frente ao local do evento, Borges logo veio falar comigo. “Phphydias, estou sem dois palestrantes. Eu posso ser o mediador, você poderia ser um dos palestrantes”? Eu disse logo que sim, afinal a oportunidade era rara, a de me apresentar a um grupo seleto que estaria na platéia e, nesse caso, dividir o podium com ilustres figuras. Preparei meu speech em 10 minutos. Meu tempo no ar serviu para descontrair a platéia. E finalmente, encontrei Gilvan de Sergipe com as cópias do Brazilian Times.

Leiam no próximo Blog a segunda e ultima parte

Novos Crimes do Amor

Novos Crimes do Amor Nota do autor: Para escrever este conto, eu me baseei em crimes realizados no seio da comunidade brasileira...