sábado, dezembro 31, 2011

Macaé, mais de 400 anos de história


Famoso escritor perde a vida em naufrágio

Hermes, o "Titanic" de Macaé


Macaé e sua administração acabam de perder uma excelente ocasião para capitalizar em cima de sua própria história. Afinal, vem aí os 200 anos da cidade em julho de 2013 e a comemoração parece ter sua produção empacada, por razões políticas ampliadas por egoísmo de uma meia dúzia de cidadãos empavonados em seus cargos administrativos e burocráticos. 

Em 1861, mais precisamente no dia 28 de novembro, um navio pertencente à frota da companhia de navegação União Campista e Fidelista afundou por erro humano aqui mesmo no mar de Macaé.   

O autor de Memórias de um Sargento de Milícias


Há pouco mais de 5 semanas atrás, poderia ter sido relembrado no município os 150 anos do naufrágio do Vapor Hermes. Um evento que já puxasse o cordão de comemorações que, como sugerimos acima, deverá ser um pegapracapá entre uma administração que sai e outra que entra, se é que entendem o que quero dizer.

Na ocasião do desastre do vapor Hermes naquela fatídica madrugada, o jornal Correio da Tarde, do Rio de Janeiro, fez o seguinte necrológico:
"Dentre as vítimas, que veio lançar o luto no seio de muitas famílias, não podemos deixar de mencionar especialmente o Sr. Dr. Manoel Antônio de Almeida, cuja morte prematura roubou à imprensa fluminense e às letras pátrias um dos seus representantes, que mais honra lhes dava".  Sobre a morte do autor de "Memórias de um Sargento de Milícias", o renomado escritor José Veríssimo escreveu: "Com ele, pode dizer-se, naufragou a talvez promissora esperança do romance brasileiro". 

(Não teria sido legal, gente, se nossa prefeitura estivesse de olhos abertos e celebrasse a memória desse consagrado autor? )

Canal e fartura
Ao norte da província do Rio de Janeiro, o governo estava para inaugurar o mais longo canal do Império. A escoação da produção agrícola campista esteve sempre atravancada pela foz estrangulada do rio Paraíba. Havia necessidade de grandes navios para embarcar a abundante produção agrícola. Mas estes só poderiam ancorar com segurança, bem mais ao sul (depois do Cabo de São Tomé), isto é, no porto de Imbetiba, em Macaé. E assim o longo canal Campos-Macaé, foi aberto a braço escravo, para escoar a riqueza campista. Seria uma semana festiva, pois junto com a comemoração de abrir-se uma via de comunicação com o município de Campos, seria o aniversário de Dom Pedro II cinco dias depois do acidente.

O município vivia bons momentos. A produção de açúcar no ano de 1861 excedeu as esperanças, e muitos fazendeiros de Campos dos Goytacazes chegaram a perder muita cana, não por causa da seca, mas por faltar-lhe materialmente o tempo para moê-la. A safra de legumes também foi abundante.

A última viagem do vapor Hermes
Muitos dos alegres hóspedes do pequeno vapor Hermes, certamente debruçados na amurada, apreciavam a magnífica baía de Guanabara. Naquele tempo, a paisagem não seria mais encantadora. Na medida que o casco rompia a superfície límpida e prateada das águas da baía, mais se extasiavam com o cenário imponente das montanhas cariocas cobertas por uma vegetação de um verde refrescante. E pouco a pouco, à distancia, se avistavam encimando os morros e em meio ao casario de telhado vermelho, as torres e pináculos, os campanários, as cúpulas das igrejas seicentistas e setecentistas de um Rio oitocentista. As imagens tão íntimas das moradias e dos templos do anedótico e folclórico mundo carioca, abraçado por uma natureza exuberante, Manuel de Almeida as viu pela última vez, quando o vapor começou a procurar o rumo norte do mar da Província. O benquisto Maneco que havia no mês de outubro último, completado 30 anos, olhou para sua cidade e deu o seu último adeus.

Vidas enlutadas e Jean de Léry 300 anos antes
Depois de uma viagem na qual encontrara ventos e correntes contrários, o Hermes chegou à enseada de Macaé por volta das 3 horas da madrugada do dia 28 de novembro de 1861, para desembarcar três passageiros e após uma curta demora, zarpou, para em seguida naufragar, logo após bater na Tábua

A Laje do Hermes encontra-se a NW da Ilha de Sant´Anna


A costa macaense sempre foi assinalada pelos maiores perigos, por isso só deve ser explorada por marinheiros experimentados, conhecedores profundos dos seus segredos e de suas armadilhas.  Extremamente baixa e arenosa em alguns pontos, já em 1556 o navegador francês Jean de Léry, que veio ao Brasil embalado pela aventura sensacional que seria aquela França Antártida, de Nicolás Durand de Villegaignon, assinalava em suas notas de viagem, reproduzidas no seu emblemático livro Istória de uma viagem feita á terra do Brazil: " aqui no mar próximo à foz do rio Mikié, notamos a NW de um arquipélago paradisíaco dezenas de lajes mergulhadas pouco notadas e somente as vemos a curta distância". 

E esse local foi a passagem do Hermes - 300 anos depois de Jean de Léry - quando zarpou do porto de Macaé em direção a Campos. Pressupõe-se que o comandante M. Ornelas pouco ou nenhum conhecimento tinha do porto, tanto assim que, logo ao destracar rumo ao Norte, colidiu violentamente com as pedras. Supondo tratar-se de areia, afastou-se ainda mais da costa com o intuito de prosseguir viagem, quando é certo que a avaria era de tal ordem que o navio soçobrou próximo à ilha de Santana, enquanto à bordo palpitavam 96 vidas, entre passageiros, tripulantes e escravos, salvando-se pouco mais da metade.
O que fica um pouco fora da órbita aqui deste pesquisador curioso é que esse perigo situado próximo da praia macaense, na época ainda não estava cartografado pela Marinha de Dom Pedro II, embora apareça no mapa de Léry de 1556. Alguém dormiu no ponto.
A Tábua foi batizada “Pedra do Hermes" - hoje, o perigoso local encontra-se sinalizado, principalmente por causa do grande fluxo de embarcações em torno do porto de Imbetiba, por conta das atividades da Petrobras.

O "jabá" do capitão
Uma gorda gorjeta fez o comandante desviar seu curso, cuja viagem teria que ser "direta a Campos". Ele teria recebido grande soma em dinheiro de três quissamaenses para fazer a parada não planejada.
As cartas dos moradores da cidade de Campos, que chegaram as redações dos jornais da Corte do Rio de Janeiro, após o sinistro, como as próprias notas da imprensa, desabaram-se em denúncias e acusações contra a gerência da companhia e contra o capitão do Hermes. Eis algumas delas:
"Devendo no dia 30 partir da corte o vapor Ceres para Cabo Frio e Macaé, por que razão o Hermes desviou-se de sua rota contra o anúncio dados aos passageiros. Mas o que é verdade é que este capricho da gerência em favor dos três passageiros para Macaé..." (Correio Mercantil).

"Uma triste realidade veio ontem enlutar a muitas famílias e provar mais uma vez o desleixo e imprevidência com que se fazem geralmente entre nós, os serviços públicos". (Diário do Rio de Janeiro).

"Esta catástrofe foi toda devida à imprudência do comandante. O Hermes nessa viagem não tinha que fazer escala em Macaé. Entrou nesse porto por interesse de alguns passageiros a que o comandante quis servir. Como, porém, o desvio da rota marcada retardava a viagem e o vapor não poderia chegar à barra de Campos com maré que desse entrada, o comandante assentou de seguir em rumo direito, deixando de fazer a volta de costume, e deu com o vapor sobre as pedras. Ficará impune o homem que enlutou tantas vidas?" (A Atualidade).

Quem eram os 3 misteriosos passageiros e seus escravos de Quissamã, que foram desembarcados no porto de Macaé em 1861?

Acompanhe o blog:
Macaé, mais de 400 anos de História

Fontes: Godofredo Tinoco, Luis Lamego e Elísio Gomes Filho


sexta-feira, dezembro 23, 2011

Sublimação social e educação

Jorge Portugal  
De Salvador (BA)

Sublimação é um velho conceito da Química que descreve a passagem de um elemento do estado sólido para o gasoso, sem passar pelo líquido. 

Pois me ocorre agora que, no Brasil, está-se dando um processo de sublimação na esfera social. Seguinte: com o governo Lula, cerca de 30 milhões de brasileiros foram incorporados ao mercado de consumo, por terem conquistado maior poder aquisitivo sem que isso tivesse sido acompanhado por mais educação em suas vidas. Quer dizer: aumentaram a renda sem, necessariamente, aumentar o repertório cultural.

Com mais dinheiro no bolso, essa imensa galera vai às compras em ritmo frenético: automóveis em sessenta prestações, todos os itens da linha branca, casa própria, viagens de lazer e tudo aquilo que a TV sugere. A TV. Esse é o ponto.




Com dois ou três aparelhos em casa, a família recém entrada na classe média é literalmente domesticada por essa máquina eletrônica. Hebes e Faustões, Hucks e Gugus, CQCs e BBBs alimentam permanentemente a "cultura das celebridades" e o seu contrapeso, a música sertaneja, o pagode romântico e o axé da Bahia.

Dessa teia, não tem quem se livre! A escola, que não ocupa tanto espaço na preocupação dessa turma, é a pública, com todas as deficiências, ou a particular de terceira categoria, para que a mensalidade caiba no orçamento. Se passam em vestibular, a maioria vai para as faculdades privadas que, na maior parte, tomam o estudante por freguês. Brigar por melhores condições de ensino é papo pra marciano; essa turma briga mesmo é se o time do coração cair para a "segundona". 

A situação é deplorável, mas, também, um belo desafio. Não me canso de dizer que a palavra de ordem é qualidade: na educação, na relação com o meio ambiente, nas relações sociais. Estamos vencendo a fome e a pobreza material, mas ainda temos um belo e gigantesco trabalho de construção humana a ser iniciado.

Vale tudo para ir às compras!


E precisamos de um, dois, cinco, dez mil "vietnãs educacionais" em cada ponto do país detonando a maré de mediocridade que hoje é uma onda, mas amanhã pode virar cultura. Com todos esses propalados avanços na esfera socioeconômica, não nos custa lembrar que, da meta fixada, há dez anos, de colocarmos 30% dos nossos jovens entre 18 e 24 anos no nível superior de ensino, até 2010, só conseguimos incluir 16% e, ainda assim, 75% desse porcentual em faculdade privadas que oferecem formação duvidosa.

Se não lograrmos aproximar nível material de nível de conhecimento e cidadania, estamos apenas fornecendo cimento e tijolo para a construção de uma grande república de boçais.

Jorge Portugal é educador, poeta e apresentador de TV. Idealizou e apresenta o programa "Tô Sabendo", da TV Brasil.

Jorge Portugal


Fonte: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5530390-EI17956,00.html

quinta-feira, dezembro 22, 2011

PRISA DIGITAL se alia à AcheiUSA


O acordo inclui a representação comercial do site AcheiUSA para os mercados em espanhol, em português e para o mercado hispânico dos Estados Unidos.


Esterliz Nunes apresenta o Achei USA ao ex-presidente Lula



MIAMI, 19 de dezembro de 2011 /PRNewswire/ -- PRISA DIGITAL anunciou hoje uma aliança com AcheiUSA para ampliar sua carteira de propriedades e impulsionar a expansão do AcheiUSA nos Estados Unidos e na América Latina.

Mediante esta nova aliança, PRISA Digital torna-se a representante de vendas do AcheiUSA nos mercados em espanhol, em português e no mercado hispânico dos Estados Unidos. "Estamos muito contentes em realizar esta aliança com PRISA DIGITAL para consolidar nosso crescimento nos Estados Unidos e na América Latina," disse o CEO do AcheiUSA Jorge Moreira Nunez.

Esta aliança permitirá que novas audiências conheçam o conteúdo de PRISA através da integração de suas propriedades como El País, AS e outras produções originais.

José Luis Ortega, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da PRISA DIGITAL Américas disse: "AcheiUSA é um site de referência para a comunidade brasileira nos Estados Unidos. Esta aliança permitirá que PRISA DIGITAL ofereça conteúdo de alta qualidade às audiências de língua portuguesa no Brasil, nos Estados Unidos e na América Latina e nos permitirá também oferecer nosso conteúdo original a uma nova audiência."

A respeito da PRISA DIGITAL
PRISA DIGITAL é a nova área de negócios para a transformação digital de PRISA, a empresa de mídia, líder em produção e distribuição de notícias, entretenimento e conteúdos educativos em espanhol e português. Com um enfoque de acesso multicanal, possui mais de 100 sites web, visitada por mais de 24 milhões de usuários por mês, por meio de segmentos diferentes, incluindo imprensa escrita, rádio, televisão, publicações e meios digitais. PRISA está na vanguarda na distribuição de conteúdos por múltiplas plataformas e possui uma ambiciosa estratégia de lançamento que oferece produtos e serviços desenhados sob medida para os usuários de telefones, tablets, consoles de videogame e outros dispositivos móveis.

www.prisadigital.com                                                           Twitter @PDAMERICAS
   





A respeito da AcheiUSA

AcheiUSA é um jornal semanal, em português, para a comunidade brasileira dos Estados Unidos. Foi fundado no ano de 2000 por Jorge Moreira Nunez, jornalista e profissional da publicidade. Seu sitio web www.acheiusa.com é o site mais visitado por brasileiros que vivem nos Estados Unidos, com mais de um milhão de visitas por mês e 50.000 usuários registrados.

Para informação: Jorge Mercado, (786) 417-4430 jmercado@prisadigital.com

FONTE   PRISA DIGITAL

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Macaé deve seguir exemplo e abrir sua TVE


Curtinhas dos Bastidores

TVE I

 Embora não tenha sido amplamente divulgado, o Ministério das Comunicações disponibilizou para Vitória da Conquista a concessão de um segundo canal de Televisão Educativa Aberta, que pode ser habilitado em nome de qualquer uma das Instituições de Ensino Superior em atuação no município. Segundo o diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Nelson Breve, a EBC tem total interesse em ajudar a equipar e treinar os profissionais da possível nova TVE da cidade, desde quando a emissora retransmita a programação da TV Brasil. Caso a iniciativa se concretize, colocaria em cheque a TV UESB, uma vez que duas emissoras de sinal aberto não podem retransmitir uma mesma programação televisiva em um único município. Segundo Nelson Breve, como a TV UESB não possui nenhum acordo institucional protocolado com a TV Brasil e, por consequência, com a EBC, a nova TVE de Vitória da Conquista poderia tomar varias horas de programação da TV universitária.



segunda-feira, dezembro 05, 2011

Ganhe um Encontro com a Virgem Maria

RIO DE JANEIRO, 5 de dezembro de 2011 /PRNewswire/ --



BeautifulPeople.com – a comunidade de encontros exclusiva para pessoas bonitas – está oferecendo a chance de ganhar um encontro com José ou com a Virgem Maria.








O site está oferecendo a membros e não-membros a oportunidade de uma oferta para uma noite com Heather ou Dorion, que aparece como o casal no cenário da Natividade do site – agora sua página inicial para o período das Festas*. 

O diretor-executivo Greg Hodge disse: "No espírito da boa vontade para com todos os homens e mulheres solteiros, nós pedimos a nossos belos membros Heather e Dorion, uma modelo e um ator, que concordassem com um  encontro com o maior ofertador. Toda a renda será doada para a Christian Aid.
"Você não precisa um membro para ter uma chance de ganhar. As maiores ofertas poderão vir de pessoas que nós usualmente nunca aceitaríamos no site, mas acreditamos que a beleza deve ser uma dádiva para todos nesta temporada de Festas". 

Heather, 25, diz: "Foi tão divertido interpretar Maria e eu não poderia ter ficado mais feliz em fazer parte disto! Foi tão lindo e tão bem feito também. Se eu puder ajudar a arrecadar dinheiro para uma boa causa com este encontro, isto é uma honra para mim. Se ocorrer de ele também ser meu princípe encantado, isto é algo ainda mais maravilhoso"!
Dorion, 23, diz: "Eu fiquei encantado quando me pediram para interpretar José. Mal posso esperar para ver quem vai ganhar. Vai ter que aparecer uma garota de um tipo muito especial para um encontro romântico com o padrasto de Jesus". 

É possível fazer ofertas para um encontro com Heather ou Dorion visitando www.BeautifulPeople.com que faz link para a página de ofertas deles no ebay. A oferta vencedora será anunciada em 5 de janeiro, com o encontro organizado para o início de 2012.

BeautifulPeople.com possui 730.000 membros em todo o mundo, e desde de seu lançamento global, em 2009, rejeitou mais de 5,6 milhões de candidatos.
Homens e mulheres são aprovados ou reprovados por nossos membros já existentes do sexo oposto. Atualmente, uma em cada sete pessoas que se candidatam ao site é bem-sucedida. 

Candidatos da França, Dinamarca, Brasil e dos Estados Unidos são os que mais fazem sucesso no site, com a Grã-Bretanha, Polônia e Alemanha sofrendo a maior quantidade de rejeições. 

Greg Hodge explicou: "Nós acreditamos em dar em retorno. Escolhemos a Christian Aid porque ajuda a todo mundo, não importa qual seja a religião. BeautifulPeople.com celebra a beleza em todas as culturas, todos os grupos étnicos e em todas as esferas da vida. Beleza é apolítica – uma combinação perfeita".

*A imagem da Natividade foi feita pelo aclamado fotógrafo de Los Angeles Nicolaas de Bruin.

BeautifulPeople.com está situado em www.BeautifulPeople.com


FONTE  BeautifulPeople.com

Pr Newswire by permission to Brazilian Courier


quinta-feira, dezembro 01, 2011

Making Of do curta "Cataventos"

Filme realizado pelos alunos do workshop cinematográfico coordenado por Phydias Barbosa na Faculdade Salesiana de Macaé:

http://www.youtube.com/watch?v=EY5eELWcHMs


Imperdível!

Abraços da todos

quarta-feira, novembro 30, 2011

New Miami, by MARTHA MEDEIROS


(ELE)...


Ricardo Cravo Albin


É um senhor com diversos serviços prestados à cultura brasileira, além de ter um refinamento como já não se vê. Foi ele que me contou que encontrou um casal de amigos no aeroporto e perguntou para onde estavam embarcando. Responderam que para Paris. “E você?”. Meu amigo respondeu meio constrangido: “Para Miami”. Incredulidade. “Miami? Você, Ricardo?”

Para aquele casal, Miami não passa de um shopping center atrativo para sacoleiros, e não para pessoas de bom gosto habituadas a ir a concertos de música erudita e exposições de arte. Eu tinha essa mesma impressão, e o elegante Ricardo Cravo Albin, de quem falo, idem. Nosso preconceito foi confidenciado um ao outro num bate-papo que tivemos durante uma das mais expressivas Feiras do Livro dos Estados Unidos. 

Pois é, a de Miami.
Admito que aceitei o convite da feira pela chance de conhecer essa cidade mítica. Não fosse a trabalho, quando iria? Jamais. Depois de fazer um passeio transcendental pelo Peru, imaginei que a Flórida seria o anticlímax. E quebrei a cara, como sempre quebram os que resolvem dar uma olhada por trás das cortinas de suas ideias prontas.

Conversando com moradores e circulando pela cidade, descobri uma Miami disposta a provar que é mais do que uma devoradora de cartões de crédito. De 10 anos para cá, foram feitos investimentos em modernas casas de espetáculos e centros culturais, que hoje recebem musicais e peças de teatro que antes só eram vistas em Nova York.

O orgulho atual é o New World Center, concebido por Frank Gehry (arquiteto do Gugenheim Bilbao) e que possui um megatelão instalado de frente para um jardim público, para que os concertos possam ser assistidos por transeuntes. Outra experiência democratizante: jovens escutam ópera e música clássica por 30 minutos, como aperitivo antes de shows de hip hop e festas techno. Educação cultural, com resultados que o futuro mostrará.

Além disso, os prédios art déco em Miami Beach são um museu a céu aberto. A Art Basel, que começa semana que vem, é a maior mostra de arte da América. E é animador caminhar pelas ruas do centro e encontrar esculturas permanentes de Botero e Henry Moore. Basta de Romero Britto.

E há o de sempre: belas praias, temperatura amena e espírito alegre. Lojas? Cheguei e saí com a mala do mesmo tamanho. Fora os outlets, que dizem ser uma oportunidade econômica imperdível, não entendo a compulsão por compras. O check in no aeroporto, na hora de embarcar de volta ao Brasil, parece um filme de terror, com pessoas tentando passar volumes enormes e suspeitíssimos: o que trazem de lá que não tem aqui?

Enfim, há vida inteligente em Miami para quem consegue desviar os olhos das vitrines. Agora, é torcer para que não construam o descomunal resort-cassino patrocinado por um grupo da Malásia, que promete ser a principal fonte de renda da cidade, já que jogo atrai mais que cultura. É a vulgaridade lutando para não ceder à – eca! – sofisticação.  

Resista, Miami. 


Martha Medeiros



terça-feira, novembro 29, 2011

Darwinismo é ilusão, de acordo com novo livro

 

 

Autor refuta Deus – Um Delírio do biólogo evolucionário Richard Dawkins

TORONTO, 25 de novembro de 2011 /PRNewswire/ -- No best seller de 2006 em livros de não ficção Deus – Um Delírio (The God Delusion), o autor Richard Dawkins erroneamente defende a crença de que Deus certamente não existe e aqueles que acreditam nisso estão se iludindo. A ilusão, diz o autor Michael Ebifegha, se encontra na comunidade científica e gira em torno do paradigma da evolução de Darwin como opção filosófica preferida. No seu livro, The Darwinian Delusion (publicado pela AuthorHouse), Ebifegha apresenta a refutação mais detalhada ao livro de Dawkins, tanto científica quanto filosoficamente. O objetivo de Dawkins é promover o ateísmo por meio da ciência, enquanto o objetivo de Ebifegha é absolver a afirmação de Albert Einstein, "Science without religion is lame; religion without science is blind" (A ciência sem a religião é incapaz; a religião sem a ciência é cega).

Ebifegha diz, "A visão de mundo criacionista é um fato revelado que Deus confirmou historicamente ao se pronunciar perante uma audiência no velho Monte Sinai. A ciência moderna, por meio de descobertas como a do DNA, apoia a visão de mundo criacionista. Assim, a visão de mundo evolucionista é uma ilusão resultante do materialismo, o beco sem saída de toda a pesquisa científica”.
Para ver o release completo, acesse: http://www.prnewswire.com/news-releases/darwinism-is-a-delusion-according-to-new-book-134488123.html

 
FONTE BookWhirl.com

quarta-feira, novembro 23, 2011

Desconstruindo o cocô do seu cão nas praias macaenses

Ops, nesse eu quase pisei....

Se o seu cão caga, você também caga, né?

Afinal, somos todos mamíferos. Quem não caga? Até Madonna caga. Brigitte Bardot caga até hoje. Zé Milbs caga@sitio.

Mas, parece-me que existe uma lei que solicita que você, dono do cão, da cadela, cadelinha, cãozinho, que fazem diários cocôs nas praias de nossa bela orla, "deveriam", por assim dizer, limpar os (cocôs) que infestam as areias.

Como entender que moradores tão....burgueses e bem pagos, que podem e devem sim, viver nos prédios sensacionais, alguns com cara de VieiraSouto Ipanemensis, que abundam na orla macaense, por assim dizer da praia Campista ao Pecado Sul, isto é, praia do Pecado próximo à Lagoa de Imboassica.

Caminhando pela orla em dia de sol fraco, qual não foi a minha (des)agradável surpresa ao notar a cagada geral que seus cães aprontam nas praias: Campista, Hollywood 1, Hollywood 2, Cavaleiros Brega, Cavaleiros Médio, Cavaleiros Chique, Praia do Fumódromo, Praia dos Surfistas, Pecado 1, Pecado Burguês e Pecado Sul, essa a mais infestada. Com certeza aí os apartamentões bem montados devem conter diversos caninos, pois a cocozada que essa matilha deixa na praia está pra ser contada pelo livro do tal de Guiness, de cuja invenção só sobra mesmo o sabor da cerveja preta.

A cagada é geral, amigo leitor. E o pior, ninguém limpa, nem você, morador, nem seu empregado ou dogsitter. Estou entregando todos sim, com uma mensagem especial dirigida aos pais e mães dos meninos e meninas que brincam nas areias das praias que, com a proximidade das férias e do verão estarão aí presentes:

Cuidado para não pisarem, tocarem, sentirem o cheiro de e outras coisitas dos cocôs caninos. Enterrem na areia. Catem com seus sacos plásticos. Ajudem Macaé a ser mais limpa.

Pois...deve ser muito bom, primeiríssimo mundo (*há controvérsias) morar num tão bom flat naquela parte da cidade. Mas, se o morador é de fora, ele tá mais é cagando pra nossa praia.

Então, galera do SOS Pecado e SOS tudo: Nova manifestação!
 
NÃO CAGUEM NA NOSSA PRAIA!






Fotos: Blogueiro em dia nublado passeia pelas praias macaenses e ao invés de piche, óleo ou ouro encontra....o cocô do seu cachorro! da sua cadela! ou podia ser da cadela da sua madrasta, do cachorro do seu vô...que rima com cocô!. CHISPA, galera, PRAIA LIMPA É PRAIA EDUCADA!!

Quimerda, hein? do seu cachorro, ou do cachorro do seu marido....? ...ha....caguei!


TV Brasil vence Prêmio Imprensa Embratel 2011

(O que a grande imprensa não comenta)

A TV Brasil venceu o Prêmio Imprensa Embratel 2011, na categoria Educação, com a reportagem Publicidade Infantil exibida no programa Caminhos da Reportagem, produzida pela equipe formada por Adriana Nasser, Fábio Damasceno, Oswaldo Alves, Mauro Zambrotti, Naitê Almeida, Wesley Gomes, Carlos Átila, Cíntia Vargas, Jairom Rio Branco, Lúcio Martins Neto, Luciano Gomes, Patrícia Araújo e Ulov Flamínio.

A reportagem, que foi ao ar no dia 27 de janeiro deste ano, mostrou como os estímulos para o público infantil vêm de todas as partes: TV, rádio, revistas e internet e como as crianças escolhem desde carros até alimentos. O programa ouviu crianças, publicitários, pais, educadores e especialistas de várias áreas da saúde para discutir o comportamento infantil e os limites do consumo. Este é o tipo de reportagem que só a comunicação pública tem condições de fazer. Parabéns a todos!


Fonte: EBC

terça-feira, novembro 22, 2011

Chevron faz mega cagada sem medo de ser punida

Vejam o que aconteceu no Equador


Chevron contaminou a floresta tropical do Equador, falsificou uma limpeza e agora se recusa a efetuar um pagamento judicial de $18 bilhões

 
QUITO, Equador, 21 de novembro de 2011 /PRNewswire/ -- O Brasil deveria tratar as alegações da Chevron sobre o vazamento de petróleo na costa do Rio de Janeiro com grande ceticismo devido ao seu histórico de fraude diante de um desastre de petróleo ainda maior nas vizinhanças do Equador, disse os líderes da floresta tropical equatoriana que ganharam um processo contra a Chevron e um julgamento de $18 bilhões por danos.

"Não confiem na Chevron", disse o advogado equatoriano Pablo Fajardo que abriu o processo contra a gigante do petróleo. "A Chevron pegou o nosso petróleo, poluiu a nossa floresta tropical, prejudicou e matou o nosso povo, cometeu fraude e tentou abafar".



Fajardo disse ainda: "A forma como a Chevron está tratando o vazamento de petróleo no Brasil mostra que a empresa tem um problema sistêmico em estar em conformidade com suas obrigações ambientais das comunidades onde ela opera. Pelo que observamos na América Latina, os representantes da Chevron simplesmente mentem sobre os problemas ambientais como parte do modelo de negócios da empresa. "



Humberto Piaguaje, um líder nativo da área no Equador onde a Chevron opera, disse: "No Equador, temos convivido com a contaminação da Chevron há cinco décadas e a empresa tem se recusado a pagar pelos danos e pela destruição causada. Todos os governos da América Latina devem tomar conhecimento destes fatos básicos antes de negociarem com a Chevron", disse Piaguaje.






Um decisão recente do Tribunal, emitida após um processo de oito anos, apontou a Chevron como culpada de ter derramado intencionalmente oito bilhões de galões de refugo de água tóxica na floresta tropical onde operava no Equador entre 1964 e 1992. O Tribunal determinou que a empresa deixou mais de 900 poços de refugo não revestidos que até hoje contaminam as águas subterrâneas e rios e córregos próximos, dizimando grupos nativos e comunidades agrícolas que não têm mais acesso à água limpa.



A Chevron também tentou fazer um lobby com o Presidente dos EUA Barack Obama para cancelar as preferências comerciais com o Equador em retaliação ao processo podendo causar a perda de 300.000 empregos no país.

Dezenas de comunidades nativas e agrícolas da floresta tropical do Equador processaram a Chevron em 1993 em Tribunais nos EUA. Dois anos depois, a Chevron falsificou uma correção ao tampar uma pequena parte dos poços de refugo com terra ao invés de limpá-los, de acordo com as provas apresentadas ao Tribunal.


Durante os dezoito anos do litígio, a Chevron manipulou a evidência, mentiu para os Tribunais dos EUA e do Equador, espionou os equatorianos e seus advogados e maquinou secretamente nos bastidores para sabotar o julgamento e forçar o governo equatoriano a intervir e impedir seus próprios cidadãos de ter direito à justiça.



Outro advogado equatoriano, Juan Pablo Saenz, enviou um depoimento de 42 páginas sobre a má conduta da Chevron no Equador para um Tribunal dos EUA. Ele escreveu: "Após décadas explorando o país e usando a sua influência como um clube durante a extração das riquezas da Concessão Napo, a Chevron acreditou que poderia usar este mesmo poder para comprar ou usar de bullying para conseguir que o caso fosse indeferido, ou, pelo menos, adiar o dia do julgamento indefinidamente".



Resumo do depoimento de Saenz:
A Chevron disse para o povo nativo que o petróleo era como "vitamina" e o incentivou a esfregá-lo no corpo para manter a saúde.


Para tornar as estradas menos poeirentas, a Chevron derramou petróleo nas ruas construídas como rotas para os poços de petróleo, forçando os equatorianos a andarem no petróleo.


Ao simular uma reparação no final de 1990s, a Chevron incentivou os equatorianos a construírem casas em cima dos poços de petróleo que a empresa encheu com terra mas não limpou. Por isso, hoje em dia muitas famílias vivem literalmente em cima dos poços de refugo tóxico.


Um memorando da Chevron em 1972 revelou que um executivo da empresa mandou que todos os documentos sobre os derrames de petróleo fossem destruídos e exigiu que os funcionários da empresa deixassem de registrar tais derrames.


A Chevron escreveu uma carta nos anos 1990s em nome do Embaixador equatoriano para o Departamento de Estado dos EUA, tentando que a agência interviesse e conseguisse indeferir o caso pendente no Tribunal Federal da Cidade de Nova York.


Mais tarde, o advogado da Chevron, Ricardo Reis Veiga, um dos dois representantes da Chevron indiciados criminalmente no Equador por falsificação dos resultados de uma remediação simulada, admitiu em um depoimento em 2006 ter se encontrado com um promotor equatoriano em uma tentativa extrajudicial de fazer com que o Executivo do governo equatoriano indeferisse o processo.


Entre 2003 e 2010, a Chevron atrasou o julgamento com subterfúgios – incluindo o cancelamento de uma inspeção vital do local inventando uma ameaça à "segurança", a inundação do Tribunal com petições de má-fé, a não aceitação de pagar os experts do Tribunal e o bloqueio da obtenção de evidência científica.


Em 2009, a Chevron usou um empregado equatoriano e um traficante americano condenado para montar uma operação policial ilegal contra o juiz do processo como parte de uma armadilha de um escândalo de suborno do juiz. Embora o esquema tenha sido desacreditado rapidamente, o escândalo atrasou o julgamento durante dois anos e serviu como uma ferramenta para a Chevron intimidar o Tribunal.


Diego Borja, membro da equipe do julgamento da Chevron no Equador, disse ter "preparado" provas para a Chevron e substituído amostras contaminadas por amostras limpas antes de enviá-las para teste em laboratório. Borja também disse que o "crime compensa" e que tinha provas da culpa da Chevron que seriam divulgadas se a empresa não o compensasse.


Em fevereiro de 2010, a Chevron ofereceu $20.000 para um jornalista americano espionar os autores do processo com a desculpa de estar escrevendo uma matéria.


Durante o julgamento a Chevron publicou matérias pagas na mídia equatoriana e em vários locais de mídia online acusando os juízes e experts judiciais de tendenciosos em uma tentativa de intimidar o Tribunal.


Contato: Karen Hinton, 703-798-3109, Karen@hintoncommunications.com


FONTE Amazon Defense Coalition

terça-feira, julho 26, 2011

TV Brasil, uma nova forma de ver TV


Equipe brasileira de revezamento, uma de tantas medalhas de ouro

(Reproduzido do site da TV Brasil)

A TV Brasil cumpriu o seu papel e concluiu no domingo (24) a maior cobertura da TV aberta sobre a realização dos Jogos Mundiais Militares 2011, no Rio de Janeiro. No sábado (23) e domingo (24) – dias de disputa pelas medalhas de ouro do vôlei, basquete e futebol – a emissora pública conquistou a quarta posição no Ibope, superando a Band, Rede TV e CNT. Foram dez dias de eventos e a TV Brasil transmitiu, ao vivo, 78 horas de provas, competições e boletins com informações precisas e em tempo real.


Além dessa performance, o site da emissora pública obteve a maior audiência já registrada e os telespectadores participaram ativamente através do chat e do twitter. As duas cerimônias oficiais, de abertura e de encerramento, no Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão), foram transmitidas com exclusividade entre os canais abertos pela TV Brasil. No site da emissora, o público pode conferir uma cobertura multimídia com fotos, além de vídeos de bastidores no blog: http://www.tvbrasil.org.br/

ASSISTA NA SUA TV SEM PAGAR PELO SERVIÇO!

Cabo Frio – RJ, Canal 44, Analógico   
Campos – RJ, Canal 47, Analógico
Macaé – RJ, Canal 9, Analógico



quinta-feira, junho 02, 2011

ALEXANDRIA CONTA E CRIA

Elizabeth tudo pode

Rainha Elizabeth Tudor, aquela dos anos 1500´s
Contada, cantada e interpretada por atores e bonecos.

Em Brasilia, procuro prestigiar os espetáculos produzidos por colegas de profissão. Busco valorizar mais um pouco meu tempo no planeta e fazer com que essas amizades sejam duradouras. Artistas com quem tive o prazer de conviver em anos conturbados como os 60 e 70 do Século XX, de vez em quando se apresentam ou aparecem pela capital numa peça de teatro ou na produção de um filme.  Tem acontecido assim com vários, mas pela proximidade da amizade e pela constância em sua participação nos mais variados eventos profissionais da cidade, tenho visto muito o amigo GÊ MARTU, que além de grande artista, reside na cidade há mais de 3 décadas.


Phydias Barbosa e Gê Martu, 1964
 Em 1964 trabalhamos juntos no Arena Clube de Arte, do Rio de Janeiro, interpretando o boi bumbá nortista, segundo a visão do autor e diretor Cláudio Ferreira. Naquele espetáculo, realizado no teatro-bar mais carismático da época em Copacabana, contracenamos com um dos atores mais criativos do show-business e cinema brasileiros, o Grande Otelo.

Gê Martu

Para aquela galera que recém começava a aparecer nas luzes das ribaltas cariocas, não era somente uma honra ter seu nome ao lado do Otelo. Era também o prazer de trabalhar com tão prestigiada figura do cenário artístico nacional, que poderia ajudar no currículo de todos nós.

Corta para Brasília, 2011, senhor editor:
O nome da personagem principal da atual peça em que a família Martuchelli – já explico – particpa, “Alexandria”, faz referência ao maior acervo de livros e papiros do mundo antigo, a Biblioteca de Alexandria, no Egito. Esse importante centro cultural foi incendiado pelo imperador romano Julio César e após diversos eventos, que também destruíram toda a sua coleção, recebeu um novo prédio, reconstruído em 2002. O texto final surgiu após longo tempo de pesquisa de criação dramática com a atriz Juliana Zancanaro (Alexandria), inclusive com citações e poemas escritos pela própria Elizabeth Tudor, que se misturam ao texto teatral escrito por Juliana e Luciana. Divertido, elegante e educativo! Sem querer dar uma de Bárbara Heliodora, quero ir mais além: a peça infanto juvenil criada por essa galera é um “triunfo da simplicidade” (BH).
Elenco e bonequeiros da peça

Argumento do espetáculo
Alexandria é uma bibliotecária que vive em sua casa de livros. Temendo a ação da terrível Dona Cesárea, (vem do nome de Julio César, o imperador que mandou incendiar a biblioteca em Alexandria, Egito), uma traça-gourmet de 1000 anos que adora comer livros, ela começa a reler e digitalizar todas as obras, para tentar salvá-los. No entanto, Alexandria se dá conta de que o exemplar do diário de Elizabeth I, o livro mais valioso, foi roubado.Em busca do diário, ela e seus amigos livros contam para o público a história de Elizabeth, a princesa que virou rainha. O espetáculo faz parte do projeto Alexandria Conta e Cria da Cia Yinspiração Poéticas Contemporâneas que mistura textos históricos, mitos e contos infantis e transforma História em historinha.

Juliana Zancanaro, "Alexandria, a bibliotecária"
O cenário, concebido pelo grupo, foi todo confeccionado em papelão pelo artesão Virgilio Mota, alguns bonecos são de Chico Simões e outros de Eleide Mendes. Mais ficha técnica: Concepção - Cia Yinspiração Poéticas Contemporâneas.
Direção - Luciana Martuchelli
Pesquisa - Juliana Zancanaro
Texto: Juliana Zancanaro e Luciana Martuchelli
Elenco: Juliana Zancanaro, Gê Martu e Filipe Lima
Iluminação: Marcelo Augusto
Trilha: Luiz Alberto Pires
Objetos cênicos: Guto Viscardi
Arte: Rodrigo Jolee
Figurino e Maquiagem: Marcus Barozzi
Foto: Edu Barroso
Produção: Similião Aurélio
Então, guardei pro finalzinho: Luciana, a diretora, é filha do Ge Martu, meu amigo dos 60, um dos atores. Quando visitei Martu em casa, ele orgulhosamente mostrou as fotos da menina-prodígio, que desde menininha queria ser artista. E conseguiu! Com Louvor! Parabéns a toda a equipe e um beijo carinhoso para essa “cria”, vejam aqui um pouquinho do que ela faz e já fez;


Luciana Martuchelli
É atriz, diretora, compositora, preparadora de atores e professora de: direção, literatura dramática, interpretação e multimeios de comunicação. Criou o projeto de dramaturgia teatral, o Physis- Dramatic Bodystorm Training, que visa a formação de atores compositores e a criação de solos e duos teatrais. Atualmente, é parceira e retém no Brasil os direitos de venda e distribuição do material audiovisual do grupo dinamarquês Odin Teatret. Com mais de 40 obras em sua carreira entre espetáculos, shows e trabalhos em audiovisual, seu trabalho como formadora está no currículo de muitos atores e diretores no Brasil e no exterior. Foi produtora de elenco e assistente de direção de Walter de Carvalho, Daniel Filho, Reynaldo Boury, Cecil Thiré e Lucas Bueno. É diretora da TAO Filmes e do grupo Teatral Yinspiração, sua pesquisa é inspirada nos treinos que teve durante sua formação com Antunes Filho, Peter Brook, Aderbal Freire Filho, Tizuka Yamasaki, Liu Pai Lin, Angel Vianna, Walter Lima Jr, Fatima Toledo, Charles Watson, Eugênio Barba e Julia Varley, entre outros. Quer mais, Bárbara Heliodora? Agora, é só vir a Brasília e conferir o espetáculo. Ainda dá tempo...

ELIZABETH TUDO PODE
Por Alexandria Conta e Cria - TEATRO GOLDONI, SALA ADOLFO CELI (208/209SUL) , BRASILIA- DF - DE 14 DE MAIO A 12 DE JUNHO, SÁBADOS E DOMINGOS, ÀS 17H.
Classificação indicativa: 10 anos.

Como diz Martu: Beijus, beijinhos, beijões....

domingo, maio 29, 2011

Calmarias



Muito longe a navegada,
enfrentando o mar, em direção
ao teu coração.


Nunca houve tanta certeza
de amar-te, como à natureza.
Neste instante, por ordem do destino,
junto ao mar, distante de te amar.


No entanto a calmaria,
que está a perturbar
ao mesmo tempo me dá sensação
de que, como tudo sabes tu,
estarás a esperar.


Calmamente, como tu és,
(escrava de meu amor)
Que, liberta de pudor
me farás logo esquecer
da loucura que é permanecer
tão longe e tão próximo,
sabedor que nossa alma
quer viver por perto.




Não importa o tempo,
Não importa o século,
não importa a humanidade.


Que viramos de cabeça pra baixo,
sempre, sempre, todos os dias!
Provando nossa força,
mesmo quando em calmarias...

sábado, maio 28, 2011

Sparkling


A mão que apóia o corpo,
na travessia de um riacho raso,
é segura e não pode escorregar.
Aproveita a luz para brilhar...


Foto: AkemiLuz



Mostra que o poder do quadro,
sentido pelo artista num relance,
descortina uma clareza divina:
"És livre para amar..."

Anjos, concedei ao portador
que ainda deseja encontrar
seu amor,
a travessia segura da água,
para que não carregue tanta mágoa
de viver sem seu candor.

sexta-feira, maio 27, 2011

SURFAR SEM ONDA NÃO DÁ

Jack Johnson, o surfista, canta suas canções sem tesão na prancha em ondas imagináveis de Brasilia, salvo exceções.
Muito triste constatar a sujeira que rola por trás das produções que são apresentadas no estacionamento do Nilson Nelson, em Brasilia.
Sujeira de toda espécie. Começa pelo valor do ingresso, um absurdo, dadas as condições precárias do local. Como se não bastasse, Brasilia foi invadida pela promoção do show, cujos preços anunciavam o mínimo de 130 reais, a meia, na platéia.

Tobias, um amigo lá do meu trabalho, chegou ao local 2 músicas atrasado, mas pôde entender logo que se tratavam de canções dos antigos cds, nada de novo. E, para fazer naturais as suas ações e decisões de última hora, não tinha comprado o ingresso. Mesmo assim, pensou consigo mesmo durante o trajeto do shopping até ao Nilson Nelson que, se tivesse sorte, encontraria um cambista bonzinho que venderia o anunciado a R$130 por 100, talvez.

Resolveu arriscar! E se deu bem na entrada....um jovem logo ofereceu um ingresso a 70 reais. Tentou chegar à porta. Os policiais e seguranças lotados na região onde Tobias desceu do carro, não sabiam informar onde era! A volta foi grande, mas em 10 minutos, ele estava lá.

Resolveu tomar uma cerveja antes de passar pelo batalhão de seguranças.
Não havia lixeiras no local, que estava impregnado de restos de comida, latas, garrafas, guardanapos, plástico, caixinhas de suco...tudo isso espalhado pelo chão. Vergonha, pensou Tobias. Ao tomar o ultimo gole, não sabia onde depositar a latinha. Encontrou um saco plástico, colocou-a ali dentro e deixou o saco no chão, preocupado com a sua mania de reciclador da humanidade. Pura ingenuidade, esse cara!
Antes de entrar na fila para o setor platéia do ambiente, Tobias certificou-se de que tinha em mãos o seu ingresso. Ao olhar mais demoradamente o bilhete, notou que o ingresso era de CORTESIA e estava sendo VENDIDO na porta pelos 70 reais que pagou. Guardou o canhoto.


Mas não sem antes olhar mais uma vez a sua volta e constatar o desprezo que os responsáveis têm pelo local. Ambulantes de toda a espécie colaboram para aumentar ainda mais a tragédia nojenta, pois nem mesmo se manifestam no sentido de retirar aquele lixo, separando-o ordenamente, para a reciclagem.
Decerto essa onda não rola no Havaí, de onde vem o músico da noite, que se tornou dandy de universitários carentes e surfistas descontentes por não terem tido ainda a oportunidade de surfar em Diamond Heads ou dedilhar umas musiquinhas de JJ no violão para impressionar as meninas sonhadoras das faculdades de Brasilia.
O show termina tão pra baixo, nem dá para acreditar. De repente, o cantor fica sozinho no palco, toca 6 musiquinhas, ao final levanta a bandeira do Brasil...diz "Valeu" e sai, assim, devagarzinho, com o público querendo mas não podendo delirar; porque não há o menor delírio e aquele estilozinho de ficar se balançando ao som de Belle, Banana Pancakes e outras mais, é pura falta de energia pra criar um verdadeiro rock n roll havaiano, que é o que havia se desenhado na primeira parte do espetáculo.
Jack ainda caiu na asneira de comentar que uma das canções que cantava especialmente para umas garotas que tinha visto na tarde do show, não era na verdade especialmente para elas e sim era uma canção que ele compôs num dia de Natal para dar de presente à sua mulher, pois havia esquecido de comprar algo para ela naquele dia. E o público oh!! As garotas da fila do gogó só faltaram gozar (?).

O repertório passeou por canções já batidas e os hits Sitting, waiting, wishing, Good people, Upside down e Banana pancakes, além do explícito Belle. Nessa musica, ele diz que a gata teria que falar com ele em outra língua, já que ele não entende francês. Ora, todo mundo no Havaí fala a língua do sorriso, que funciona melhor do que qualquer idioma. "So many languages in the world, but in Hawaii a smile speaks all". 
Jack Johnson foi acompanhado pelo baixista Merlo Podlewski, pelo pianista Zach Gill e pelo baterista e percussionista Adam Topol. Mas quem deu AR de show ao show foi o cantor americano G Love, velho amigo de Johnson. Se não fosse ele e os músicos arrebentarem com seus instrumentos em certos momentos, o espetáculo (que alguns até chamaram de Luau...uau! sem lua, só pode ser mesmo em Brasília que chamam de luau uma noite sem lua....)

O que teria que ser ao revés, acabou acontecendo ao contrário, se é que me entendem...a parte "quente" do show teria que ser guardada para o final... "faltou direção", relatou Tobias.

O que mais chamou atenção no show de JJ foi o ex-jogador de futebol e atual deputado federal Romário (PSB-RJ), que assistiu ao show na área mais cara do evento - o camarote vip, onde ele jogou algumas partidas de futi-vôlei. Inusitado, as gatas que o acompanharam bebiam "futi-vôlei" com vodka e tequila.  Bem bacana, disse Tobias...

Novos Crimes do Amor

Novos Crimes do Amor Nota do autor: Para escrever este conto, eu me baseei em crimes realizados no seio da comunidade brasileira...